Estes meus primos de estimação, são daqueles casais que me inspiram diariamente.
O Roberto é aquele irmão emprestado, o meu primo mais novo (ainda por cima vizinho) que de tão bonzinho que era, fazia o favor de brincar comigo às barbies desde que eu, em troca, jogasse ao Chuckie Egg no Zx Spectrum…
Esfolavámos os joelhos a andar de bicicleta na Contrata (Caniço de baixo) e tínhamos o clube dos detetives onde desvendávamos “mistérios inexistentes”- a piada consistia, sobretudo, em fazer os cartões de sócio e determinar por votos em papelinhos dobrados, quem era o Chefe.
Depois passaram-se anos, seguimos caminhos diferentes e hoje é com muito orgulho e euforia que assisto aos seus concertos; fabulosos, os Akoustic Junkies.
A Justi é daquelas pessoas que se gosta logo à primeira. O seu sorriso, simplicidade, sinceridade e alegria são no mínimo contangiantes. Responsável, determinada e com aquele “saber viver”, são só apenas alguns dos adjectivos que a caracterizam. Gosto tanto de vê-los juntos, na vida, nos concertos, nas viagens ou nos selfies espontâneos.
Gostam de passear pela ilha, festejam aniversários e a noite madeirense não seria a mesma se estes dois não existissem.
Quando lhes pedi que participassem nesta rubrica do Blog, disseram logo que sim (para meu contentamento!).
– Inspirem-se também com as dicas da Justi & Roberto 🙂
O teu Esconderijo secreto?
Acaba por ser o “nosso” esconderijo secreto, pois surge sempre que sentimos a necessidade de nos refugiarmos, na companhia um do outro. Pode ser em casa, numa praia, num restaurante ou apenas num simples passeio.
O teu Restaurante preferido?
Felizmente, partilhamos dos mesmos gostos, por isso a nossa opinião é comum mas varia conforme o tipo de comida que nos apetece.
Para petiscar, sem dúvida a “Taberna Madeira” na Zona Velha, pela qualidade dos ingredientes, simpatia dos proprietários e oferta variada de doses (a não perder a salada fresca, bem lavada e temperada, as batatas fritas caseiras com alho e orégãos, a ventrecha de atum e/ou a espada à camarão).
Para refeições mais leves e “saudáveis”, os wraps e sumos da “Gigi”, também na Zona Velha.
Sempre que nos apetece um hambúrguer optamos pelo “Castelo dos Hamburgueres” ou por uma versão mais gourmet, mas igualmente saborosa, no “Barreirinha Bar Café” (BBC). Para jantaradas de grupo, há já alguns anos que escolhemos a “Casa dos Salgados” na Camacha.
O Melhor Cenário?
No dia-a-dia: o deslumbrante pôr-do-sol a partir da nossa varanda, com vista privilegiada para o atlântico com o Cabo Girão ao fundo.
Aquele cenário que corta sempre a respiração e nos enche de orgulho: a baía do Funchal quando chegamos de barco ou quando entramos na cidade de carro, pelo antigo caminho do pináculo.
O Ponto de encontro?
Geralmente a noite começa num restaurante, na casa de amigos ou em alguma patuscada na nossa casa. Quando a saída é mais tardia, o ponto de encontro acaba por ser algures pela Zona Velha, geralmente no BBC.
Para sair à noite, ouvir boa música?
Em qualquer sítio onde os Akoustic Junkies toquem ou, quando não existem concertos, o BBC, pela equipa simpática que lá trabalha, pela atenção que dão ao cliente, pela excelência do serviço, pela esplanada com vista privilegiada para a baia do Funchal e pelas inúmeras alternativas musicais que oferecem.
Se a noite é prolongada até de madrugada, optamos pelo “Café do Teatro”, que tem uma sonoridade mais comercial, pelas mãos do grande DJ Nélio Fabrício.
Entretanto, estamos curiosos para experimentar uma noite “oldschool” no recém-inaugurado espaço nocturno DETOX, com o antigo DJ da discoteca da nossa adolescência, o Louvadeus!
Às compras?
Justi: Talvez devido ao meu problema “crónico” de hipocondria, é muito importante sentir-me saudável, por isso, para além do desejo comum a todas as mulheres de comprar roupas, malas e sapatos, sinto uma enorme satisfação quando adquiro produtos que fazem bem à saúde. Para produtos de higiene e beleza sou fã das lojas online “Círculo Bio” e “Escolhas Biológicas”. Na Madeira encontro alguns produtos destes na “Sabão da Serra”. Ao nível da alimentação, sem dúvida uma passagem pelo “Mercadinho BIO” às quartas-feiras, ou pelas lojas “Solobio” e “Freshbio”. Também muitas vezes opto pela versão de cabazes destas lojas e da “Quinta do Mitra”.
Roberto: No “Estúdio 21”, espaço onde me sinto em casa pois encontro sempre amigos músicos de longa data e que para além de ser uma loja de música é também o local de ensaios dos Akoustic Junkies. Em alternativa, gosto de procurar produtos online em segunda mão, vintage ou pequenos acessórios no “Ebay” e produtos novos e de maior dimensão (amplificadores, guitarras, etc.) na “Thomann Music Store”, na Alemanha.
O que significa para ti “bem madeirense”?
Justi: O espírito “festeiro”! Estamos em festa o ano todo e existem festividades que só na Madeira se vivem, e são por isso “bem madeirenses”.
A mítica e divertida “noite travesti” no Carnaval, o esplendor e beleza da “Festa da flor”, os arraiais coloridos de Verão por toda a ilha, a “noite do Mercado” no dia 23 de Dezembro, o jantar de gala com amigos no “Dia 30 de Dezembro”, e claro, a noite de fim-de-ano com um dos melhores espetáculos pirotécnicos do Mundo.
Roberto: Concordo com a Justi, mas também existe um ponto menos positivo e “bem madeirense”: o de pedir convites para não pagar/apoiar a música. É o eterno e péssimo hábito das “borlas”, do não querer pagar pelo acesso à cultura.
Como descreverias o teu dia perfeito na Madeira?
Justi: Tomar um pequeno-almoço digno de hotel numa varanda com vista para o mar, nadar e apanhar sol num sítio reservado com água límpida e transparente, almoçar peixe grelhado na praia, jantar com amigos e sair para ouvir boa música ao vivo, ou, com sorte o “La Flama Blanca” numa das sua actuações inigualáveis e imperdíveis, no BBC.
Roberto: Tomar o pequeno-almoço junto ao mar, dar um passeio pela azáfama da baixa do Funchal, depois do almoço ir para a sala/garagem de ensaios e passar umas boas horas com o resto da banda a ensaiar, trocar ideias, ouvir boa música… ao fim da tarde ir a um bom festival, como o NOS Summer Opening ou, numa vertente mais alternativa, o ALESTE.
O que achas que falta na Madeira?
Justi: Alternativas saudáveis de cozinha! Restaurantes para comer grelhados e saladas diversificadas e bares com snacks saudáveis (alternativas de pequeno-almoço e lanche, para além de bolos e sandes).
Roberto: Espaços nocturnos que passem música rock e restaurantes com horários que permitam jantares tardios (com excepção para uma ou outra pizzaria, no geral as cozinhas fecham às 22h00/23h00).
A tua Viagem de sonho?
Uma vez mais aqui também é um ponto comum: Ibiza e Nova Iorque.
A viagem a Ibiza já concretizámos, em 2013. Seduzia-nos a imagem das praias de águas cristalinas conjugada com a dinâmica e intensidade da vida nocturna. A viagem excedeu as nossas expectativas: foi uma semana sem domingo ou segunda-feira. Todos os dias eram o melhor sábado de festa, ou o melhor dia de praia.
Já Nova Iorque… é a cidade mais glamorosa e cosmopolita do Mundo, com uma oferta artística e cultural única. É na verdade, a possibilidade de transpor a tela do cinema e viver a magia de um dos inúmeros filmes de Natal que nos fazem suspirar pela neve, pelas luzes e pelas ruas movimentadas repletas de sonhos.
O teu lema é?
Justi: Não ter vergonha de dizer às pessoas que as amamos, quer sejam família ou amigos! E aproveitar a sua companhia ao máximo, enquanto a Vida nos/lhes permite ter saúde.
Roberto: Fazer o que me deixa feliz!
Biografia Justi & Roberto
Namorados há 15 anos, conheceram-se numa noite de Verão no Porto Santo, na época em que ainda era tradição a noite começar nas tasquinhas no centro da vila e acabar na praia, no saudoso “Tia Maria”, onde as festas invariavelmente terminavam com o nascer do sol. Estudaram e viveram juntos em Lisboa, até regressarem à Madeira para abraçar os seus desafios profissionais.
Licenciada em comunicação, relações públicas e publicidade e pós-graduada em comunicação e marketing, a Justi trabalha há mais de dez anos na concessionária do Centro Internacional de Negócios da Madeira. Apesar de gostar muito de escrever, é na parte mais criativa da comunicação, no design, que se sente realizada, por isso colabora esporadicamente com algumas entidades nesta área, em regime de freelancer. Defensora convicta da alimentação saudável, é uma das sócias fundadoras da OrganicA, associação de consumidores na Madeira, que promove os benefícios da agricultura biológica. Adora cozinhar e receber amigos em casa, para degustar alternativas saudáveis mas igualmente saborosas, de pratos confeccionados com produtos biológicos.
Engenheiro informático de profissão, o Roberto, sempre esteve ligado às tecnologias e à música, a sua eterna paixão. O seu percurso profissional teve início com uma breve colaboração na MCC/Sulog, passou pelo Grupo Jaime Ramos/Notícias da Madeira, depois pela Fnac e, actualmente, está na RTP-Madeira onde é responsável por toda a infra-estrutura informática da rádio e da televisão. A sua história na música começou a ser escrita aos 11 anos, quando ingressou no Conservatório para durante 3 anos aprender piano. Mas era em casa, quando tocava guitarra com os amigos, que se sentia realmente feliz. Desistiu do ensino clássico do Conservatório e teve aulas de guitarra eléctrica com o Carlinhos, um guitarrista que leccionava numa loja de música que entretanto fechou. Desde então, já teve 3 bandas: aos 16 anos teve a sua 1ª banda, “Gritos D’Alma”, uma banda de “rock madeirense” cantado apenas em português, mais tarde, em 2011, foi guitarrista durante 2 anos nos “LFT” e em 2013, depois de uma jam session com amigos no seu aniversário, formou a sua própria banda, que mantém até hoje: os “Akoustic Junkies”, uma banda de covers que também compõe originais. Logo no primeiro ano de actividade, lançaram o single “Feel the Sun”, que foi um hit de Verão nas rádios regionais e esteve à venda no iTunes e foram os vencedores do Concurso de bandas madeirenses lançado pela organização do Festival Summer Opening. Este ano, tornaram-se a 1ª banda na Madeira a fazer concertos de tributo a “Pearl Jam” e actualmente, tocam com alguma regularidade em diversos espaços no Funchal, bem como em festivais, onde oferecem dois tipos de musicalidade: acústico e eléctrico.
Muitos Obrigada!
Seguindo o lema da Justi: ” Gosto muito de vocês”
Beijo
P.S.- Mais dicas? Veja também as sugestões de Claúdia Vasconcelos.
Pingback: Things to do in Lisbon -