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Circuitos de F1 – Zandvoort & SPA 

Visite os Circuitos de F1 – Zandvoort & SPA

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É fã de F1 na Europa Central? Bem, parabéns, veio ao lugar certo, porque não há outro lugar na Terra com tantos circuitos numa área tão pequena. Isso ocorre porque os gigantes do mercado automobilístico europeu são todos originários desta parte da Europa, VWs, Peugeots e tudo o que a Renault produz atualmente, todos têm origem nesta região.

A Bélgica e a Holanda não são diferentes, claro que podem não ter um gigante da indústria como os seus vizinhos, no entanto a cultura automóvel está muito presente por lá, mesmo que por razões diferentes.

Vamos começar com a Holanda primeiro. Agora, este país é uma piada absoluta de um país (no bom sentido, por favor, não venham atrás de mim, “dutchies”), em comparação com a maioria dos outros lugares do mundo, é o mais próximo de um enredo para um episódio do “The Office”, uma nação estabelecida. Isso se reflete na abordagem que eles têm das corridas de carros: pedal no metal, estilo Collin McRae, direto de Dukes of Hazard (afinal, eles gostam da cor laranja). O circuito que visitei por lá foi Zandvoort, a cerca de uma hora de carro de Amsterdão, e acho que a melhor forma de descrevê-lo é mergulhar na mente de um holandês, já que a pista foi desenhada por um. Imagine o seguinte: nosso bom amigo projetista de pista desce a rua para o bar com seus amigos e diz “Rapazes, como devo fazer esta pista?”. Agora, o amigo no canto que chegou lá mais cedo e já bebeu algumas cervejas a mais, diz “Uhm, faz apenas cantos inclinados, como os americanos fazem”. Em seguida, o baixinho do lado esquerdo da mesa levanta-se e diz: “Não, não, deves fazer mudanças de elevação e curvas rápidas, é o que os pilotos mais gostam”. “Aí o tipo que está ali só para fugir da mulher diz: “Ah, e deveria ser perto da praia, para depois da corrida irmos surfar.” Por fim, o barman, que estava, como sempre, a escutar a conversa alheia acrescenta: “Também tens que fazer uma pista de BTT à volta”. Depois disso, o nosso amigo designer vai para casa e após cerca de 5 segundos pensa consigo mesmo. “Por que não adicionar todos?”. E assim nasceu Zandvoort, uma faixa tão insana que se tornou um sucesso instantâneo.

Foi o anfitrião do GP da Holanda dos anos 60 até o final dos anos 70 até se tornar obsoleto devido à falta de atualizações e manutenção. Felizmente, foi recentemente renovado e trazido de volta à sua glória total. É a encarnação da Geração Z das pistas de corrida, o iPhone X do mundo automobilístico. É ideal para os novos fãs de automobilismo sentirem a adrenalina diária, e nem precisam de conduzir! Tive a sorte de visitá-la num dia em que os carros estavam na pista e parecia a coisa mais divertida do mundo. Pode alugar tudo por um dia e participar en atividades como slalom, “drag racing” e karting, mas o mais importante é dirigir um Supercarro nas melhores pistas da Europa, inscrevam-me! Mesmo sem ser milionário, pode entrar na pista em si (obviamente não no asfalto), visitar o pitlane e fazer uma pequena pausa no bar (quem mais senão os holandeses para construir um bar numa pista de corrida), ou pode dar uma volta à pista pelos trilhos de terra que a cercam, apenas cuidado com as bicicletas, essas pessoas NÃO vão diminuir a velocidade se estiver no seu caminho. Em suma, uma experiência muito divertida que definitivamente recomendo.

Quanto à Bélgica, um país que abriga, na minha opinião, o autódromo mais histórico do mundo. Se estiver disposto a fazer a viagem de uma hora e meia de Bruxelas até a humilde vila de Stavelot, encontrará o grande, o maravilhoso, o inigualável, o icônico e o intimidador Spa-Francorchamps.

Só posso descrever este circuito comparando-o com outros. Se ir a Zandvoort é ir a um restaurante de “coma à vontade”, visitar Spa é uma refeição 5 estrelas Michelin. É inesquecível, é o ethos de uma pista de corrida. Se Zandvoort foi projetada por um holandês com os copos e seus companheiros, Spa é obra de um renomado matemático que calculou o ângulo de cada canto ao milímetro. É perfeito, se pensar “oh, é só mais um circuito como os outros”, sairá dizendo “Isto é arte”.

Fiz uma visita guiada, mas para ser sincero, palavras são desnecessárias, basta fazer uma caminhada pela pista e testemunhar toda a sua grandeza. Se tiver sorte, haverá carros a dar voltas à pista, se assim for, ascenderá a uma nova planície de existência, a sua alma se elevará aos céus, mesmo que apenas por alguns segundos, enquanto ouve os motores ecoarem as montanhas. Spa é uma pista para os cavalheiros, o piloto refinado ou o entusiasta de corridas de longa data. Claro, mesmo que você seja novo neste mundo do automobilismo, ainda é mais do que bem-vindo a visitar este presságio para as corridas, a catedral do automóvel, o pontífice da velocidade. Honestamente, é uma mudança de vida, e eu recomendo, de verdade, se visitar a Bélgica e optar por não visitar Spa, é como escolher o Dave da esquina em vez de Bruce Springsteen para uma festa de karaoke.


Para encurtar a história, a Europa central é rica em cultura de corridas e, seja um fã de F1, ou um entusiasta de “drag racing”, há sempre algo a acontecer aqui, surpreenda-se.

Depot Rotterdam

Férias da Páscoa na Bélgica e Países Baixos ( viagem de carro – 1 semana)


Férias da Páscoa na Bélgica e Países Baixos (viagem de carro – 1 semana)

Nestas férias da Páscoa, o objetivo era simples: voos directos da Madeira para um destino que fosse razoável para uma família com um orçamento reduzido e onde 2 adolescentes não se aborrecessem. Ao pesquisar no Skyscanner, eis que surgem os voos directos da Ryanair da Madeira para Bruxelas, e ficou decidido o destino.

O motivo de eleição, (além do preço) foi a proximidade de várias cidades como Gante, Roterdão e Amsterdão, e o facto de permitir realizar um sonho dos miúdos… visitar o Circuito de F1 de Spa-Francorchamps.
Foi assim que desenhamos o nosso circuito de carro desde Bruxelas:

Road Trip from Brussels

Ps- Também tínhamos planeado visitar o Museu Van Gogh em Amsterdão e a casa de Anne Frank, mas estavam ambos esgotados, por isso reserve quanto antes!
Em termos de acomodação, ficamos muito felizes por ficar na casa de uma prima em Bruxelas, viver como um local; com certeza uma das formas mais sustentáveis e autênticas de viajar.
Brussels

“La Cycliste”, Alain Séchas

Bruxelas foi uma surpresa para mim, tanto para ver e fazer!! Tem um pouco das melhores cidades da Europa, com bela arquitetura, parques, cafés, restaurantes e cultura, exceto pelo clima… chove muito. Com alguma sorte, consegue-se ver a cidade sob sol a brilhar, simplesmente perfeito!
Brussels

Em Roterdão, ficamos no The Social Hub ,  ótima opção para uma família com adolescentes, pois todo o conceito é baseado na vida comunitária, com espaços de cowork, mesas de pingue-pongue, comida com qualidade, preços acessíveis, aluguer de bicicletas e quartos giros, a uma curta caminhada do rebuliço da cidade.

Roterdão é uma das minhas cidades favoritas na Europa. Parece que está sempre um passo à frente no tempo… arquitetura interessante, total aceitação da diversidade e sustentabilidade, arte em lugares inesperados e a hospitalidade descontraída de Rotterdammers. Clique aqui para saber mais sobre Roterdão.

Gostei ainda mais de Amsterdão desta vez, mais ensolarada, menos multidões, sempre romântica… Nada como um passeio de barco para conhecer esta cidade. Aprendemos algo divertido e interessante sobre a cidade com as suas casas antigas à beira do canal. Uma em particular tinha uma gaivota e isso significava que uma parteira morava naquela casa. Sem elevadores, e um gancho na parte superior para levar os móveis para cada andar (há que medir a janela primeiro…). Reservamos este passeio de barco online e recebemos nossos bilhetes com antecedência (sem filas de espera), além de incluir alguns aperitivos e bebidas.

Canal Tour Amsterdam

Gante é linda… uma cidade romântica com edifícios medievais misturados com a juventude dos estudantes, bares de cerveja artesanal, lojas fofas e arte urbana. Usamos este mapa para nos guiar pelos destaques da cidade.

As memórias feitas nas viagem de carro, de um país para outro, são uma aventura memorável em si. Além disso, pudemos visitar não um, mas dois circuitos de F1, Zandvoort (perto de Amsterdão) e SPA-Francorchamps (Bélgica), imperdível para qualquer fã de F1 …
Sobre a experiência da F1 em SPA e Zandvoort, vou deixar para outro postpost, mas ambas foram incríveis, mas a escolher só uma, devo dizer que a visita guiada pelo Circuito de SPA-Francorchamps foi superior.

Conclusão: Não há dúvida de que explorar Bruxelas por si só mantém dois adolescentes entretidos (pessoalmente, gostaria de ter tido mais dias para explorar esta cidade…), mas em 1-2 horas de carro, pode facilmente visitar atrações fabulosas enquanto conhece o estilo de vida local.

Se já me seguem no instagram, provavelmente já viram histórias e dicas sobre esta viagem, porém aqui deixo algumas sugestões extra:

Restaurantes em Bruxelas: Wolf Market, Pizza Saco, Le Char D'or,

Restaurantes em Roterdão: Bazar, Prachtig, Aloha, Estocolmo, Markthall

Restaurantes em Amsterdão: Cafe@droog, Blue Amsterdam

Restaurantes em Antuérpia: Ristorante Pizzeria Nicoletta

Restaurantes/Pubs em Gante: Balls & Glory/ Dulle Griet

Museus: Museu Magritte

Lojas: Le Boutique Tintin , Leonidas, Feyenoord FanShop Stadion,
Waterstones Amsterdam, Loja do Museu Real de Belas Artes da Bélgica

Tours: Free Walking Tour Rotterdam, Canal Tour Amsterdam, Mapa a pé em Gante,
Circuito F1 SPA-Francorchamps
Espero que este post vos inspire a planear uma viagem a Bruxelas com os vossos filhos adolescentes.
♥Sofia
holistica estudio

Holística Estúdio, um novo spa feminino, no Funchal

Holística Estúdio, um novo spa feminino, no Funchal

 

Amélia é a fundadora deste novo spa na Madeira – Holística Estúdio. Mulher doce, corajosa e de sorriso generoso, nasceu em Vila Franca de Xira. Licenciou-se em Évora e viveu na costa alentejana, onde foi empresária, terapeuta e professora de yoga em clínicas de beleza, até mudar-se para Madeira, há 5 anos.

Trabalhou,  em alguns dos melhores spas da Madeira, até chegar a pandemia que lhe trouxe o desemprego, mas onde viu uma oportunidade para se reinventar. Inspirou-se na força das mulheres e em homenagem a todas elas, e para elas, surge este novo spa na zona dos Piornais, no Funchal – o Holística Estúdio.

 

Tive oportunidade de conhecer o Holística Estúdio, na semana passada, e ali encontrei a receita para acalmar a mente e relaxar o corpo – uma pausa para “deixar o mundo lá fora”.

Durante 2 horas, entrei num “oásis” de calma, boas sensações, bem-estar e auto-cuidado.

Fui recebida pela Amélia com um ritual de boas-vindas, que inclui uma pequena meditação, um chá e um lava-pés com flores e óleos.

Seguiram-se 2 tratamentos: uma massagem de som com taças tibetanas e aromaterapia.

A massagem de som é uma forma de alinhar o corpo e os seus centros energéticos. As taças tibetanas são colocadas em pontos estratégicos do nosso corpo, e os seus sons e vibrações rítmicas, massajam, equilibram e despertam o próprio poder curativo do corpo. Entrei num estado de relaxamento quase de imediato.

 

Seguiu-se o tratamento de aromaterapia que induz o corpo e a mente a um relaxamento profundo e de pura conexão. Após a escolha do óleo e a sua fusão com maravilhosas técnicas de massagem de corpo inteiro, fiz uma viagem sensorial, onde reduzi os “nós de stress”, acalmei a mente e reequilibrei emoções.

No ritual de despedida tomamos um chá, onde pusemos a conversa em dia:

1. Amélia, o que te trouxe à Madeira?

Pode-se dizer que o que me trouxe até esta ilha foi o amor 😅 há melhor razão que esta? O Amor combina com esta ilha e cada vez mais adoro viver na Madeira, não só pela sua beleza mas sobretudo pelas pessoas.

2. Fala-me, por favor, um pouco do teu percurso profissional.

Sou engenheira agrícola e sempre defendi a produção biológica e as práticas sustentáveis, não sabendo eu que no futuro iria dar o meu contributo ao mundo na área da beleza e bem-estar 😊. Depois de ter sido mãe, há 12 anos atrás, comecei a despertar e a tomar gosto pelas terapias holísticas e fui tirando vários cursos e especializações. Hoje sou professora de yogaterapia, de meditação e terapeuta de spa.

3. O que te motivou a abrir o estúdio Holística?

Sempre ouvi dizer que é em momentos de crise que surgem as melhores oportunidades, e assim foi. Com toda a experiência que tinha, e com toda a vontade de fazer algo novo, que pudesse também contribuir para um mundo melhor, inspirei-me na força e na coragem de todas as mulheres que tiveram de se reinventar nesta quarentena, e surgiu o Holística Estúdio – em homenagem a todas elas. É um espaço onde a serenidade, a beleza e sustentabilidade andam de mãos dadas, sempre com o intuito de nutrir e cuidar a beleza natural feminina, de dentro para fora. O brilho não vem do ego, mas da profunda conexão com a alma.

4. O que distingue este estúdio dos outros spas?

Penso que é o sossego e a serenidade do estúdio, o atendimento personalizado, exclusivo para mulheres, os produtos naturais, a yogaterapia, a meditação e os tratamentos em si. O nome Holística vem de Holos que em grego significa “todo” ou “inteiro”. Nós acreditamos que podemos cuidar e nutrir todas as camadas do Ser como um todo, de uma forma holística: corpo, mente e alma.

5. Dizes que uma massagem não é um luxo? Explica-nos por favor, esse conceito.

Massagem não é luxo, Massagem é cura, autocuidado, qualidade de vida, equilíbrio, amor-próprio e investimento em si mesmo!

6. Foste resgatar a sabedoria ancestral feminina como o lava-pés, e na loja do teu spa encontramos utensílios como “Raspador de lingua”, para que serve?

Raspar a língua é uma técnica milenar que pretende ajudar a reforçar o sistema imunitário, impedindo a penetração de bactérias presentes na placa bacteriana e toxinas na corrente sanguínea. Também ativa e aumenta a produção de saliva e ajuda a prevenir o mau hálito.

7. O que sugerias para oferecer à Mãe, à melhor amiga, à tia, à sogra, à filha…?

 Posso sugerir uma experiência holística a dois. Consiste numa aula de Yogaterapia, meditação e massagem de Aromaterapia. É um momento único de pura harmonia e serenidade por exemplo entre mãe e filha, ou com a melhor amiga.

Para prenda, temos as “Purelight candles” que são velas artesanais 100% de cera de soja, fragrâncias naturais e óleos essenciais, com propriedades aroma-terapêuticas. Estas velas vêm acompanhadas por uma mensagem (força, sensualidade, tranquilidade etc) que variam de acordo com o aroma escolhido. Podem ser complementadas por um tratamento à escolha, desde faciais de luxo a massagens corporais, numa caixa de oferta especial. 

Temos também ofertas como packs de massagem, sessões de yoga e meditação privadas/grupo e tratamentos rejuvenescedores, como “Olhos perfeitos” ideal para atenuar rugas, olheiras e dar uma maior firmeza e hidratação à pele. Saiba mais aqui.

8. Dicas para uma vida mais holística?

Organize a semana, coloque o autocuidado como um compromisso, estipule horários livres, aproveite ao máximo os momentos especiais.

Obrigada Amélia, e votos de muito sucesso! 🙂

Ps- Para mais informações consulte o seu site e Instagram.

 

Lanzarote itinerary

3 dias em Lanzarote, Canárias – Itinerário e Mapa


3 dias em Lanzarote, Canárias – Itinerário e Mapa

Lanzarote, ou se ama ou se esquece…

A primeira vez que fui a Lanzarote estranhei as suas paisagens. Pareciam sem vida aparente, demasiado áridas e agrestes. Mas à medida que os dias passavam, as vistas lunares pontuadas por casinhas brancas de janelas verdes (são todas iguais), com os seus cactos e palmeiras, tornaram-se paixão.

Já regressei a Lanzarote umas quantas vezes, e é talvez dos sítios mais surpreendentes que conheço.  Nesta ilha, declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera, há uma convivência feliz entre a natureza e a criação humana. Parece intocada embora arquitetada. Para vos dar um exemplo, não há cartazes publicitários nas ruas. Sente-se respeito pelo que a natureza impõe, apesar de ser uma ilha com muito turismo.

 

Lanzarote

O clima, as vistas, a arte, a escultura, o mar, a arquitetura…está tudo em fusão de forma simbiótica, graças à influência do famoso artista local, César Manrique, que defendeu um desenvolvimento turístico sustentável e cuja obra ditou grande parte do itinerário que se segue.

Dia 1 – Norte

Começamos por visitar Teguise, a antiga capital de Lanzarote, famosa pelo seu mercado de rua aos domingos, ruelas pitorescas e pracetas com  bares de tapas e música ao vivo. Deixamos o mercado para o final, e perdemo-nos por becos e pátios. Houve três locais que merecem menção: o Hotel Boutique Palácio Ico, o café El Patio, e a loja as Marias en la Villa.

Seguimos para Haria para visitar a Casa Museu César Manrique, que tem uma das casas de banho mais espetaculares que alguma vez vi, difícil de descrever (infelizmente não são permitidas fotos no interior)… é semi-aberta para um jardim de cactos. O seu estúdio encontra-se numa divisão anexa e permite-nos ver como trabalhava o artista.

Casa-Museu César Manrique

Almoçamos numa praceta muito simpática em Haria, onde se encontra o famoso Centro Sociocultural La Tegala.

Haria

Passamos também pelo Mirador del Rio. Apesar da vista ser a mesma que se obtém do exterior, valeu a pena pagar 5 € para conhecer os detalhes do seu interior. Tem ainda uma impressionante varanda sobre a falésia de onde se avista a ilha vizinha; a Graciosa.

Terminamos o dia em Famara. Praia, surfistas e muitos kitesurfers. Sim, há vento com fartura nestas montanhas que desmaiam junto ao mar, num cenário lindo de morrer.

Dia 2 – Sul

Trânsito parado, na mais cénica estrada de Lanzarote que rasga campos de lava, no Parque Nacional de Timanfaya. Resultam de erupções vulcânicas que ocorreram há apenas 300 anos, logo é tudo muito intocado, numa paisagem que se estende por 5000 hectares, e muitas tonalidades de vermelho, a fazer-nos sonhar com o planeta Marte. Vale a espera? Vale.

Seguimos para Playa Blanca, onde existe ligação por ferry-boat para Fuerteventura, mas o dia já ía longo e optamos por caminhar ao longo da promenade, onde existem inúmeros restaurantes de peixe e marisco, sem esquecer a dupla ” paella & sangria”.

Playa Flamingo

Playa Blanca

A cerca de 20 minutos de carro de Playa Blanca, encontra-se  uma reserva natural com várias praias entre as quais a famosa Playa del Papagayo, com águas cristalinas, areia fina e um cenário idílico. Para entrar nesta zona protegida temos que pagar 3€, e a estrada é de terra, mas possível de atravessar mesmo sem um carro todo terreno. Por perto, existem alguns bares de praia ou como ali lhe chamam, los “Chiringuitos”.

Dia 3 – Nazaret e Arrecife

Nazaret, Museu Lagomar – a casa do famoso ator Omar Shariff. Conta-se que a apostou num jogo de cartas que infelizmente perdeu, e nunca mais voltou para Lanzarote. Foi construída no coração de uma pedreira vulcânica, seguindo as formas da lava, deixando a rocha visível no interior. É repleta de recantos, grutas, bares, tem escadas sobre a água, portas de ferro e esculturas enormes, além de uma abundância de plantas verdes que parecem brotar da rocha. Imagino que deve ter sido palco de festas bem” loucas”. Alguns detalhes fizeram-me lembrar a Casa de Dali na Costa Brava.

Arrecife não é particularmente bonita, mas tem zonas interessantes como El Charco de San Gines. Ali existe um grande lago com barquinhos de pescadores e vários restaurantes ao redor, onde apetece demorar, numa tarde de tapas e cerveja. Tem uma zona mais antiga com as típicas ruas pedonais, rumo à praia, e comércio.

Papas arrugadas com mojo canário

Onde ficamos?

Barceló Teguise Beach . Gostamos muito da localização junto às praias da Costa Teguise, da decoração leve mas sofisticada, da simpatia dos funcionários, e dos diversos recantos à volta da piscina.

 

Como lá chegar?

De momento, já existem voos diretos desde a Madeira nos meses de verão com a Binter, mas na altura não havia por fizemos 2 voos curtos e seguidos,

na ida: Funchal- Tenerife – Lanzarote

e no regresso: Lanzarote – Gran Canária – Funchal

O que ficou por ver? Muita coisa… entre as quais a vizinha ilha Graciosa, Fuerteventura, La Geria e uma visita à Casa José Saramago em Tias, mas julgo que se deve deixar sempre algo de novo para ver, na próxima visita a Lanzarote ;).

 

faja dos padres

Um fim de semana na Fajã dos Padres, Madeira

Um fim de semana na Fajã dos Padres, Madeira

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Há dias fizemos uma escapadinha à Fajã dos Padres. Eu já conhecia os seus encantos e recantos, em variadas visitas diurnas ao longo dos anos, mas nunca lá tinha pernoitado. Digo-vos; foi um privilégio!

 

É que quando as visitas partem, a Fajã torna-se “nossa”, somos só nós e o silêncio, interrompido pelo som das ondas, das aves marinhas, do dançar do vento nas folhas do arvoredo – é o nosso pequeno paraíso, o nosso refúgio de paz e beleza natural.

 

E ainda não vos contei das cores do céu ao entardecer…

 

…dos passeios verdejantes sob a vinha, e por entre as árvores de frutos, com o mar mesmo ali…
Outro detalhe a referir são os pequenos-almoços com fruta do local, à beira-mar – uma delícia para todos os sentidos!

 

Como chegar à Fajã dos Padres?

Nós usamos o teleférico para descer ao longo da imponente falésia de 300 metros. O acesso de teleférico tem um custo de 10€ (grátis para crianças até aos 11 anos de idade, assim como para os hóspedes das casas da Fajã dos Padres.) 

 

O que fazer na Fajã dos Padres?

Para além do acesso à praia, dos passeios por entre as árvores, da impressionante viagem de teleférico, e das refeições no restaurante à beira-mar, podem também reservar as seguintes atividades:
  • Visitas guiadas simples ou com prova de fruta – custam 19,5€ e 27€, respetivamente, incluindo o acesso por teleférico;
  • Visitas à adega para prova de vinho Malvasia – são limitadas apenas a pequenos grupos e a hóspedes. Têm um custo de 25€ por pessoa (para além do acesso);
  • Aluguer de caiaques e paddle surf na praia – o aluguer tem um custo de 5€/meia hora;
  • No verão, poderá mediante reserva prévia, fazer um passeio de barco a partir da Fajã, para explorar as redondezas, com a duração de cerca de 1 hora.
  • Ocasionalmente decorrem eventos gastronómicos. No dia 24 Junho festejam o São João (do mar).

Se desejar pernoitar, existem vários tipos de alojamento ao seu dispor. Pode reservar ao clicar aqui.

 

Se procura descanso para a alma, na Fajã dos Padres respira-se natureza e tranquilidade. Sem dúvida um local a visitar na Madeira! Até breve!

 


 

LIS-FNC-BRU…à conversa com Hugo Antunes

À conversa com Hugo Antunes

Hugo Antunes, fala-nos de ti: quem és, por onde tens andado e o que te faz feliz…

Sou músico/compositor, toco contrabaixo e baixo eléctrico em várias vertentes musicais nomeadamente jazz, rock, improvisação livre, pop, hip-hop e fusão.

A música, apesar de sempre presente na minha vida, surgiu apenas aos 26 anos como profissão. Até então, tinha trabalhado como técnico de óptica ocular (oculista) e tinha frequentado o curso de Direito.

Quando decidi enredar pelos estudos musicais comecei pelo Hot Clube de Portugal, que me conduziu a viver em Amesterdão (para estudar contrabaixo no conservatório), a Paris (a convite duma cantora para integrar o seu grupo e a partir daí percorrer França inteira a tocar) e, mais tarde, à Bélgica, enquanto bolseiro Inov-Art.

Sou original do Barreiro, mas a minha vida profissional na música foi-se consolidando mais a partir de Lisboa, onde actualmente vivo alternadamente com Bruxelas.

A felicidade para mim está sempre relacionada com conquistas pessoais e desafios profissionais ultrapassados, tal como com o bem estar de quem me rodeia. A minha família, o seu desempenho profissional, bem como equilíbrio emocional, têm um papel muito importante nesse processo de me sentir feliz.

– O que te liga à Madeira?

A minha ligação ou conexão à Madeira surge num contexto familiar, porque o lado materno da família da minha mulher é madeirense.

Desde então que a Madeira é o sitio onde passamos férias e onde inclusive a minha filha mais velha acabou por nascer. Desta forma fui criando também relações de amizade com pessoas originalmente madeirenses ou que, por alguma razão, vivem na ilha.

-Alguma particularidade/curiosidade acerca dos madeirenses que queiras partilhar?

O madeirense para mim é uma pessoa que por regra gosta de festejar, de celebrar a vida e de sorrir. A ideia que tenho de quem vive na Madeira é de alguém com qualidade de vida, alguém que por viver numa ilha com sol, mar e com tempo disponível consegue viver a vida descontraidamente.

Serão poucos os locais na Europa em que se pode dar um mergulho no mar à hora de almoço e ter tempo para tomar um copo num fim de tarde entre amigos.

O madeirense para mim é um misto disso com o legado dum povo que convive há séculos com a condição de Região Ultra Periférica.

– Qual é o teu lugar favorito na Madeira? E já agora em Bruxelas, e em Lisboa…;)

O meu lugar favorito na Madeira é o Porto Santo, porque representa estar entre amigos numa praia de areia com água quente e comida fantástica. É como se duma viagem no tempo se tratasse.


O meu sitio preferido em Bruxelas, é a casa dos amigos que lá fiz ao longo destes 9 anos.

Em Lisboa, o meu local preferido é o da portugalidade presente em todos os gestos do dia-a-dia. Que me perdoem o Norte, o Sul e as ilhas que tanto adoro, e que sem dúvida ajudam a compor todo esse sentimento, mas Lisboa invoca-me O´Neill, Pessoa, Almada Negreiros (mesmo que não lisboeta) e Carlos do Carmo. Traz-me um sentimento de pertença enorme.

– Qual foi a melhor refeição que fizeste na Madeira?

As melhores refeições que fiz na Madeira até hoje foram os peixes que o amigo Roberto pescou, sempre muito bem cozinhados pela amiga Patrícia; foram as massadas deliciosas do meu amigo Bruno; foram os bodiões na Fajã dos Padres; foram as refeições com pratos tradicionais em família, aquando do Natal e Ano Novo; e foram as lapas que o amigo Silvestre colheu e cozinhou para todos nós, quando amavelmente nos convidou para um passeio de barco até ao Calhau da Lapa.

– Onde mais gostas de viver?

O meu local preferido para viver é onde a minha família se sente bem e feliz. No entanto, gostaria de terminar os meus dias em Lisboa. É a cidade da minha morte.

– Fala-nos da tua música…consegues defini-la?

A música que desenvolvo é muito pessoal e não se rege por factores externos. É música que respeita uma narrativa interna. Uma lógica e forma resultantes do que sou. Nós somos aquilo que comemos e eu tento respeitar e aceitar esse princípio.

-De onde vem a tua inspiração?Tens algum herói musical?

A minha inspiração é o resultado directo dum mergulho e duma apneia muito grande até ao centro do meu ser. Raramente se traduziu em entretenimento, por muito que as minhas filhas gostariam que assim fosse. A minha mais nova está precisamente neste momento a tentar ultrapassar, decifrar e compreender porque razão a música que o seu pai desenvolve não é ouvida nas rádios, não é falada em revistas e jornais. É muito difícil para uma criança de oito anos perceber que o que o seu pai desenvolve tem valor não sendo reconhecido.

No entanto, tento passar que o que faço é único, algo que mais ninguém o poderia fazer e que, por essa e outras razões que não gosto de enumerar, não ganha expressão, nem cria tração junto do “grande público”.

Heróis para mim são todos os artistas que apesar de não terem apelidos pomposos e de não terem nascido privilegiados, apesar de não fazerem parte de lobbies ou de não elencarem em carteiras de artistas de agências que controlam o meio, lutam e sobrevivem diariamente, sem retorno monetário, por um lugar ao sol, por uma oportunidade e por um reconhecimento que teima em chegar. Esses para mim sim são a verdadeira Cultura. São a memória dum povo e têm valor maior. São sem dúvida alguma a minha maior fonte de inspiração.

– Qual foi o melhor elogio que recebeste?

O melhor elogio que recebi foi a amizade e respeito musical do meu amigo Paul Lovens, meu grande mentor na improvisação livre. Tudo o que vem do Nastio e do N´Du foi e é amor também em forma de elogio. Há pouco tempo, fui convidado pelo artista Carlos Nogueira para tomar um chá e conversar. Esse convite foi um dos maiores elogios que alguma vez recebi e representa tudo para mim.

As criticas também acariciam este ego amarrotado, mas o que estes artistas, alguns jornalistas e público fiel me transmitem é muito mais importante.

– Tens algum bar favorito de música ao vivo e porquê?

Há um sitio que, pela importância que teve no meu crescimento, pelas conquistas e frustrações musicais vividas, bem como pela acústica em si, se tornou o meu clube preferido: o ardido, o antigo, Hot Clube na Praça da Alegria. Desde então, tudo mudou e muito dessa mudança não foi para melhor. Não falo só de instalações.

– Que lição tiraste da quarentena, ou como sobrevive um músico à quarentena?

A maior lição que retirei da quarentena foi que a família, a sua união e solidariedade são o que de mais importante tenho na vida. Tudo isto foi-me revelado pela tomada de consciência de que durante 46 anos fomos vítimas de uma total incompreensão por parte do Estado pelas profissões que compõem o inexistente estatuto de artista. Algo que se traduziu num abandono deplorável e absoluto duma classe que tanta riqueza cria. Somos um meio totalmente exposto e sem direitos, só com deveres e obrigações. Nós artistas somos a real imagem da falência democrática do Estado de Direito.

– Onde podemos encontrar-te/ouvir-te?

Poderão ouvir-me com RAN em Agosto: dia 18 no Penha SCO em Lisboa; dia 19 no Bota em Lisboa; dia 20 no Cine Incrível em Almada; dia 21 no Jazz na Praia na Lourinhã. De resto há o meu Bandcamp e outras contas da mesma plataforma com discos em que participo onde me poderão ouvir e apoiar.

– O teu lema é?

O meu lema é: “baixa a cabeça e trabalha mais arduamente”. “não há méritocracia mas tu ficas a dever ao Mundo cada vez que não crias, portanto…” por isto e tudo o resto sou um Estoico.

Muito Obrigada Hugo.

Da Madeira para Londres

“Da Madeira para Londres” por Duarte Câmara

Acredito que a melhor forma de conhecer um destino é através dos olhos de quem lá vive. Por isso, criei esta rubrica no blog “Encontro com os locais”. O objetivo é mostrar, através de pequenas entrevistas, o destino escolhido. 

Desta vez, sugiro uma viagem até Londres, com as dicas do Duarte Câmara, que ali vive há 6 anos.

Conheço o Duarte há cerca de 30 anos. Amigos na adolescência, a quarentena voltou a juntar-nos há poucos meses e nada acontece por acaso. Permitam-me que vos apresente o Duarte Câmara.

A tua biografia:

Nasci na Madeira, onde vivi, até estudar arquitetura no Porto. Ali permaneci durante 7 anos e iniciei a minha vida profissional. Guardo boas recordações das “gentes do Norte” e desta cidade muito própria, de culturas e bairrismos bem enraizados.

Por motivos profissionais e ligação à terra natal, regressei à Madeira para trabalhar numa empresa privada de arquitetura no Funchal. Mais tarde, abri o meu próprio espaço/escritório no Funchal, mas após nove anos, quis um pouco mais e fui para o Reino Unido, à procura de uma nova experiência profissional, internacional.

Atualmente em Londres, combino a arquitetura e o design de sistemas, à criação de “smart homes”.

O que te fez ir para Londres?

Não sou de estar parado e gosto de estar bastante ocupado profissionalmente. Durante os anos que trabalhei na Madeira, tive projetos interessantes no meio residencial e comercial. Investi em formações na arquitetura, e ao mesmo tempo que projetava, fiz avaliações imobiliárias e dei aulas. Apesar de todas estas atividades, houve momentos de estagnação e eu senti que precisava de mais.

Vi alguns dos meus colegas emigrarem, e senti que podia também encontrar novas oportunidades profissionais, numa grande cidade. Conheci Londres na adolescência, numas férias, e desde então marcou-me como um lugar especial. Pela proximidade à Madeira, foi fácil escolher este destino para uma nova aventura profissional.

trafalgar square

Trafalgar Square

Se um amigo te fizesse uma visita em Londres, onde é que o levarias a passear?

Manhã

Pequeno-almoço em Notting Hill, na Portobello Road, de preferência num café com esplanada, para vermos de perto o movimento do mercado de rua de antiguidades Portobello Road Market (sábado é o principal dia). Depois de vaguear pelo mercado, descíamos em direção ao Hyde Park, e cruzávamos os jardins Kensington Gardens, em direção a Bankside. Após passeio à beira-rio e para abrir o apetite, o pub Anchor Bankside, é uma boa opção. 

Kensignton Gardens

Kensignton Gardens

Almoço

Rumo a Greenwich, num passeio de barco no rio, a partir de um dos pontões Bankside ou London Bridge City. Por lá almoçávamos no Greenwich Market, com muitas opções de “street food”.

Chinese Street Food – Jian Bing

Tarde

De volta ao centro, e por ser quase obrigatório subir a um ponto alto para as melhores perspetivas da cidade, escolheria o Sky Garden, no topo do edifício Walkie Talkie – o jardim público mais alto de Londres, com uma vista de 360 ​graus (Clique aqui para ver a vista)!  Note que é necessário reservar com antecedência.

Jantar

Talvez um bom bife de carne argentina no Gaucho, (uma cadeia que tem vários restaurantes em Londres). Conheço o de Chancery Lane, em Holborn e gostei da experiência. Para animação noturna, gosto dos bares que se situam na zona de Shoreditch.

Qual o teu ponto de encontro em Londres?

As estações de comboio são sempre pontos de encontro interessantes pela sua posição estratégica. Além de me trazerem boas memórias, existem sempre pubs interessantes nas redondezas, para as primeiras conversas.

Vauxhall Train Station

Vauxhall Train Station

A zona de Covent Garden, com a sua praça sempre cheia de artistas de rua, pubs, restaurantes e mercado, é sempre um spot fantástico para começar um fim de tarde numa sexta-feira.

Sugestão de melhor relação qualidade/preço para ficar alojado em Londres?

Aconselho ficar fora do centro, como por exemplo em Wimbledon (Zona 3). Esta localidade residencial tem uma fantástica rede de transportes, que nos leva ao centro em apenas 20-30 minutos. Além de ser pitoresco, Wimbledon tem o seu ar verdejante, que nos lembra o campo. Não é à toa que o seu lema é: “Wimbledon is where town meets country”. 

Wimbledon Village

Wimbledon Village

No centro de Wimbledon, fica o renovado Premier Inn Wimbledon (Broadway)– uma boa opção.

Para mais opções em Wimbledon  clique aqui

Outras zonas de Londres, pesquise aqui: Booking.com

Dicas de transportes em Londres

Como ir do Aeroporto de Gatwick/Heathrow para o centro de Londres?

Londres tem um bom sistema de transportes públicos, estruturado da Zona 1 à Zona 6, de forma radial. Temos ainda as Zonas 7, 8 e 9, fora da Grande Londres.

River THAMES

River Thames

Nos principais aeroportos, como Gatwick (fora da Grande Londres), temos sempre comboios para o centro, para além dos táxis e autocarros. Do Aeroporto Heathrow (Zona 6) podemos também ir de metro, com paragem no interior do aeroporto.

  • Aproveito para falar do Oyster card, que é um cartão/passe, essencial em Londres. Além das opções: passe diário, semanal, mensal, pode ser usado como cartão recarregável (valor mínimo de 5 libras). Pode adquiri-lo nas estações de comboio/metro ou nas lojas exteriores de jornais/revistas (aqui designadas por “newsagents”). Dá-nos acesso a toda a rede de transportes públicos (Zonas 1- 9), autocarros, comboios, metro, elétricos, barco, e ainda ao Emirates Air Line, (um teleférico singular, a sudoeste da cidade, que cruza o rio). Geralmente, fora da Grande Londres, o Oyster Card não cobre e é necessário pagar outras tarifas (mas existem exceções como o aeroporto de Gatwick).

Qual o teu restaurante preferido em Londres?

Dos inúmeros restaurantes que aqui existem, vou selecionar dois, de diferentes registos, mas ambos fantásticos, que têm sido pontos obrigatórios de paragem, sempre que tenho visitas da família ou amigos. Estão sempre cheios, com aquele frenesim e dinâmica caraterística dos bons restaurantes. Em Londres, a reserva de mesa é geralmente recomendada.

O Wright Brothers, em Borough Market.

Oysters

Ostras

Conheci esta preciosidade, por acaso, numa visita de um amigo, quando passeávamos perto de London Bridge à procura de uma marisqueira. Esta marca é fornecedora de peixe e marisco para diversos restaurantes.

Existem 5 restaurantes desta cadeia, mas o primeiro (perto do famoso Borough Market) é o meu preferido. Pequeno e sempre movimentado, comer marisco nas suas mesas apertadas ou ao balcão é sempre uma experiência deliciosa.

O último que abriram, fica perto da emblemática Battersea Power Station, e conta com uma esplanada para o rio. É espaçoso, quer para grupos maiores, ou refeições de caráter mais calmo. Sugiro começar por umas ostras, da costa inglesa ou francesa, mesmo para quem não é apreciador. Eu até nem era, mas ali fiquei rendido, e todas as vezes que lá vou, peço uma travessa (faz parte do ritual). O mexilhão é do mais saboroso que já comi até hoje, sobretudo acompanhado por um bom vinho branco francês.

Antes do almoço, sugiro experimentar as cervejas artesanais, que existem na Battersea Brewery para abrir o apetite.;)

Battersea Brewery

Battersea Brewery

Outro restaurante que gosto muito chama-se Mediterraneo.

Fica em Notting Hill, perto de Portobello Road, e é um restaurante italiano. Cheio de estilo, confortável e caseiro, conheci-o através de locais, e a partir daí tornou-se ponto de paragem obrigatória. Gosto do Tonnarelli com tomate cereja, bacon italiano e queijo pecorino romano, ou o Fettuccine com cogumelos selvagens, pinhões e bacon italiano. Para terminar sugiro o cheesecake de morango.

Qual a tua loja preferida em Londres?

carnaby street

Carnaby Street

We built This City, Para souvenirs diferentes e originais, como pequenas peças de arte, ou ilustrações – uma loja que faz lembrar uma pequena galeria de arte. Fica situada na Carnaby Street, e patrocina jovens artistas locais.

Tate Modern tem no seu interior três lojas. A minha preferida fica no edifício Blavatnik Building. Consigo lá passar horas, a ver/escolher livros de arte e arquitetura.

London Graphics é essencial para qualquer artista plástico, designer e arquitecto, no que se refere a material técnico e artístico.

Qual é teu refúgio em Londres?

Perto do rio, é sempre onde acabo por ir. Bankside e Richmond, completamente distintos um do outro, são os meus locais favoritos. A minha paixão pela pintura, leva-me muitas vezes à Bankside Gallery, a casa da Royal Watercolour Society. Pequena e confortável, conta exposições de aguarelas contemporâneas.

Richmond

Richmond bridge

 

Se algum colega teu te pedisse 3 conselhos sobre ir trabalhar para Londres, o que dirias?

Preparação e planeamento são as palavras-chave.

Primeiro: estudar a cidade.

A preparação antes da chegada é essencial. Perceber como é que a cidade está organizada: entender os principais bairros acima e abaixo do rio, e entender de que forma estão estruturados os códigos postais (essencial para percebemos onde estamos e para onde queremos ir).

London map

London map

Segundo: obter o máximo de informação em relação ao panorama pós-Brexit. A entrada no Reino Unido, para efeitos de residência/trabalho, exige agora visto de trabalho. Este pode ser obtido no site do governo através de um sistema de pontos, consoante as qualificações, tipo de trabalho, etc. Agora é necessário obter, antecipadamente, uma oferta de trabalho de uma empresa certificada, com um valor estipulado de salário anual, e um nível de inglês intermédio. Para mais alguma informação pode visitar o site do Consulado Geral de Portugal.

Terceiro: pesquisar a zona de futura residência.

Ver ofertas para alugar casa/apartamento, pesquisar as zonas e suas diferenças. A maior parte das empresas empregadoras valoriza a proximidade ao local de trabalho. 

Hoje existe muita informação na internet, e blogs como por exemplo: Tuga em Londres e Londonist. Para procurar casa, sugiro sites como Rightmove e Zoopla.

Do que mais sentes falta em relação à Madeira?

Da leveza do ar que aí se respira. Do tempo que aí temos, que rende imenso e que nos dá liberdade para fazermos muita coisa num só dia. Da imensidão visual do mar.

E claro, acima de tudo, a família, os amigos, as festividades e eventos sociais, aos quais estava tão habituado.

A tua viagem de sonho é?

Japão, por ser um país complexo, e cheio de contrastes – culturas antigas que coexistem com uma das sociedades mais avançadas tecnologicamente. Pelo que trouxe à arquitetura contemporânea ocidental, a simplicidade, o minimalismo e a perfeita simbiose com os elementos naturais.

O teu lema é?

Nunca desistir! Em Londres aprendi que insistir e esperar, pelo que realmente acreditamos e queremos, é grande parte do percurso já atingido.

 

Obrigada Duarte! 🙂

 

Estreito da Calheta

Escapadinha no Estreito da Calheta: o que ver e fazer num roteiro de 3 dias

Escapadinha no Estreito da Calheta: o que ver e fazer num roteiro de 3 dias.

O Estreito da Calheta, fica cerca de 40 km do Funchal. Uma curta viagem de 45 minutos carro permite-nos chegar a este cantinho da ilha. Tenho que confessar que andava a sonhar com esta escapadinha há já algum tempo…Um flirt antigo pelo Hotel Átrio, foi a motivação perfeita para seguir em frente. Fiquei rendida.

hotel atrio

Dia 1 | Estreito da Calheta | (sexta-feira)

Hotel Átrio - reserve online

À tranquilidade da sua localização, soma-se o bom gosto na decoração, com especial atenção aos detalhes e à empatia no atendimento. O pátio central é a área de reunião em destaque. Está bem iluminado pelo sol, pontuado com pequenas árvores de frutos e rodeado por paredes de cores quentes, envolventes, que parecem dizer “bem-vindos”. Permite o acesso ao restaurante, e a um corredor que nos leva ao jardim e à piscina. Há flores por todo o lado, e caminhos ladeados por natureza – aqui o silêncio é rei.

hotel atrio

Ficamos no bungalow nº 11, que tem uma cama muito gira, cliquem aqui para ver o vídeo. 

hotel átrio

Acabamos por passar a tarde a relaxar nas espreguiçadeiras junto à piscina…e até travamos amizade com um gato de nome “Serrano”. 

Ao jantar, fomos a um restaurante que descobrimos por acaso, à beira da estrada, e que foi um sucesso! Chama-se Fontes do Horácio.

fontes do Horácio

Dia 2 | Estreito da Calheta | Jardim do Mar | Paúl do Mar (sábado)

Após o pequeno-almoço, junto à piscina, pedimos orientações para percorrer as levadas ali perto. Subindo o caminho de asfalto junto ao hotel, chegamos a uma casa branca da Guarda Florestal. Se formos para o lado esquerdo, chegamos aos Prazeres e à Ponta do Pargo, se formos para o lado direito, vamos dar à Estrela da Calheta e aí temos duas opções:

1) Descer no sinal indicador (Lombo/Estrela) em direção à estrada da Estrela da Calheta ou

2) seguir em frente em direção ao Rabaçal.

Optamos pela opção 1) (cerca de 2h-3h de caminhada até à Estrela) e depois apanhamos um táxi de volta ao hotel, onde almoçamos e passamos a tarde na doce preguiça do “fazer nenhum”. 

Também aprendemos uma curiosidade, somos apelidados de “Lanchas”, 🙂 sim é esse o nome dado aos Funchalenses nesta parte da ilha. Aparentemente, tinha a ver com a ligação por lancha entre o Funchal e a Calheta, nos velhos tempos. 

À noite, fomos ao Jardim do Mar, para percorrer os seus becos e ruelas tão pitorescos. Ali encontram-se dois restaurantes que gosto muito, o Joe’s Bar e o Portinho, mas para variar fomos ao Paúl do Mar, onde petiscamos num dos bares junto ao porto.

Outro sitio, onde se come muito bem peixe, no Paul do Mar, é o Maktub, conhecido pelos famosos mojitos, e as vistas ao por do sol.

No regresso ao Hotel, descobrimos um Wine Bar bem catita, chamado D’ALMA. Chocolate & um cálice de Vinho Madeira…deram-me sonhos felizes.

dalma

Dia 3 | Estreito da Calheta | Prazeres (domingo)

Neste dia, percorremos a opção 1 da Levada, rumo aos Prazeres, cerca de 1h/1h30m consoante a passada e paragens para fotografias. Nos Prazeres, fomos ao XS Café, um sitio com muita pinta, famoso pela tarde de maçã e pelo brownie que posso confirmar – delicioso. 

Depois visitamos a Galeria de Arte dos Prazeres que tinha algumas obras interessantes, de artistas madeirenses. Terminamos a visita com um copo de cidra no café da Galeria, acompanhado por uma fatia de bolo de laranja caseiro.

No regresso ao hotel, viemos pela estrada principal, por entre eucaliptos e sombras que dançavam com o vento.

Depois de tanto doce, o almoço foi uma salada leve junto à piscina, seguida de banhos de sol.

No final da tarde, fomos ao PUKIKI o único TIKI BAR da Madeira, que recomendo vivamente. O ambiente, a história da ligação Madeira-Hawai, a autenticidade e os cocktails são uma delícia. Se nunca lá foram, experimentem um dia destes.

 

Foi o final feliz para um fim-de-semana que soube a férias, e nos fez sentir lá fora, cá dentro. Estávamos a precisar disto…

Obrigada  ♥

 

caminhadas curtas na Madeira

3 caminhadas para fazer numa manhã, na Madeira (2-3 horas)

 

Na semana passada, tirei 3 dias de férias. O objetivo era simples – caminhadas curtas com meus filhos, junto da natureza, e algum tempo livre de preocupações. Na Madeira, de momento, o uso de máscara é obrigatório. Restaurantes, comércio e alguns passeios continuam abertos até às 17h00 aos fins-de-semana e às 18h00 aos dias de semana – as restrições relativas a COVID-19 são ajustadas semanalmente.
Procuramos caminhadas curtas (2-3 horas, consoante a velocidade à qual se caminha…) pretendíamos sair de manhã cedo e regressar à hora do almoço.
Dito e feito – aqui partilho algumas fotos.

Passeio 1 – Ponta de São Lourenço – Caniçal

O percurso está, na sua generalidade, bem delimitado. Tem algumas zonas ventosas e íngremes que exigem “bons joelhos”, especialmente nas subidas e descidas, com vistas fabulosas sobre o mar, quer a norte, quer a sul. Como o dia estava límpido, vimos inclusive o Porto Santo. Tem um bar de apoio no final do trajecto, e fácil acesso ao mar, no cais do sardinha. Existem também viagens de barco rumo à Quinta do Lorde em alternativa, mas nós optamos por caminhar de volta ao ponto de partida, na Baía d’Abra.

caminhadas curtas na Madeira

caminhadas curtas na Madeira
caminhadas curtas na Madeira
caminhadas curtas na Madeira

 

Passeio 2- Levada Nova – Caniçal

Situada no Caniçal, esta levada começa mesmo junto à saída túnel do Caniçal na estrada antiga (estrada regional 109). Segue o curso da levada até ao cemitério e oferece vistas deslumbrantes sobre esta área. Pode voltar para trás, pelo mesmo percurso ou seguir, rumo ao mar, até ao centro da vila. Conheça também este alojamento no Caniçal.
caminhadas curtas na Madeira
caminhadas curtas na Madeira
caminhadas curtas na Madeira

Passeio 3 – Levada do Moinho/Nova – Ponta do Sol

Demorámos alguns minutos a encontrar o início da levada, mas logo vimos a placa sinalizadora mesmo atrás da Capela da Lombada da Ponta do Sol. Junto à Capela há também um moinho histórico, fácil de identificar. A Levada do Moinho é muito bonita, e percorre os recortes de uma belo vale na Ponta do Sol, quase sempre em percurso plano. Depois existe um trilho com vários degraus que podemos subir e que nos levam à levada nova, onde pode fazer o trajeto de regresso, (no sentido contrário). Este trilho tem algumas zonas mais vertiginosas, menos protegidas, e passa por uma bela cascata e alguns túneis. No final do trilho, chegamos à estrada regional que nos leva de volta à Capela.

capeladalombadadapontadosol

Capela da Lombada da Ponta do Sol

caminhadas curtas na Madeira

Acesso à Levada do Moinho

levada do moinho

levadadomoinho

levada do moinho

Escadas de acesso à Levada Nova

levadamoinho

 

Mantenha-se em segurança enquanto desfruta da beleza natural da Madeira.

Cuide-se ♥ Sofia

24 Horas no Porto

24 Horas no Porto

Locais para dormir, comer e visitar

24 hours in porto

Visitei recentemente o Porto e soube-me tão bem a escapadinha! Foi apenas um fim de semana onde se juntou o útil (congresso) ao agradável, com direito a um dia para passeios pela “Invicta”. Já lá tinha estado com amigos e com os meus filhos, mas desta vez fui sozinha. Deixo aqui algumas dicas.

Nota: Este site contém links afiliados. Se fizer uma compra através desses links, posso ganhar uma comissão sem nenhum custo extra para si. Obrigada!♥

O que convém saber?

Existem voos diretos diários do Funchal para o Porto: easyjet, Transavia ou Tap. Ao chegar ao Aeroporto do Porto, existe ligação direta com o Metro, Linha E, com trajeto direto à estação Trindade, uma das mais centrais do Porto, onde encontra ligações para outras linhas. Dura cerca de 30 minutos e o bilhete de metro custa 2€ + cartão andante recarregável 0,60€. (Atenção, tem que validar o cartão ao iniciar cada viagem, mesmo ao mudar de linha.)

Onde ficar no Porto?

O que não faltam são sitios giros para ficar no Porto, desde hotéis de 5 estrelas, a hostels, ou Airbnb’s. Costumo ficar no Gallery Hostel, na rua Miguel Bombarda.

Para a próxima na wishlist estão:

. Torel 1884 Suites & Apartments, 

. PortoBay Hotel Teatro

. Mo House

. Baumhaus Serviced Apartments.

Onde comer no Porto?

Ui, as opções são infinitas…deram-me várias dicas mas posso dizer que em 24 horas experimentei dois clássicos, aqueles restaurantes à moda antiga, onde nos sentamos ao balcão à conversa, com um “fininho”.

Casa Guedes e a sua famosa sandes de pernil com molho (usem vários guardanapos…;)

Marisqueira Madureira: o preguinho, o caldo verde, os rissolzinho, a francesinha, o camarão…é tudo bom.

Também fui ao Zenith, o brunch, a música, o ambiente, o serviço, a cerveja da casa… correu tudo bem, apesar de haver uma fila enorme na porta para entrar.

zenith

O que visitar no Porto?

Perante a imensidão e a diversidade de coisas que há para fazer no Porto e arredores, 24 horas não dão para quase nada, mas dá para um Top 4!

  • Torre dos Clérigos 

  • Passeio de barco no Douro

  • Visita às Adegas do Porto

  • Fundação Serralves 

Perca-se … desfrute dos passeios pelos becos, escadas e calçadas, observe as fachadas de azulejos e as janelas dos sótãos, visite os mercados locais e ouça os músicos de rua. Vá à Ribeira e atravesse a ponte D. Luis sobre o rio Douro; tome uma bebida numa esplanada e goze a vista…

Fiquei com vontade de voltar…até breve gente boa!

♦PS- Tenho uma amiga chamada Rita Branco, que proporciona passeios personalizados, em Brasileiro, no Porto. Ela é um encanto e dá ótimas dicas no seu blog. ♦

PORTO