Sobre a simplicidade da felicidade…
Nunca se falou tanto sobre felicidade. Coaching, mindfulness e livros de auto-ajuda crescem a olhos vistos, nas montras das livrarias das cidades.
Cresce, também, a busca incansável de sermos felizes a tempo inteiro, como se isso fosse uma carta do baralho do jogo que é a vida.
Se há uma coisa que a minha viagem à Índia me mostrou é que a felicidade pode ser simples, clara e descomplicada, mas que as nossas civilizações ocidentais, (ditas evoluídas) se calhar tornam complexo. Ser feliz é ter um teto para dormir, comida para sobreviver, saúde e paz. O contrário é ser infeliz. Isto não se aprende na escola, nem na Universidade, vê-se na rua, nos olhares, no sentir.
Poder dormir uma sesta em paz depois do almoço, não ter calor nem frio, poder beber água, sem apanhar doenças, poder tomar banho de chuveiro e não às garrafadas, poder lavar os dentes com água da torneira, ter fruta e vegetais frescos, estar com a família, poder sustentar os filhos, ter saúde.
Quando as preocupações do dia a dia se restringem à simples sobrevivência, tudo o resto é ridiculamente supérfluo. Básico. Já diz o ditado e bem, que só damos valor àquilo que perdemos ou que não temos. Dias menos bons, vai haver sempre…
Nesta época de fartura, oferta e muita escolha perdemo-nos no processo e esquecemo-nos da gratidão. A gratidão de termos tanto, muito mais do que precisamos. E pior que isto, é ter e querer sempre mais. Esta competição desenfreada e desproporcionada que nos desgasta até à estupidez de não valorizar, cuidar e preservar o essencial, que nos atropela e esmaga até ao limite. Vivemos numa época da glorificação do estar atarefado, como se isso fosse sinónimo de dinheiro e isso, só por si, fosse igual a felicidade.
Como diz o Dalai Lama: ‘O que mais me surpreende na Humanidade são os homens … Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver
nem o presente nem o futuro.E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.’
Gozem os pequenos prazeres da vida e sejam gratos por ter tanto. É sempre bom relembrar e para mim falo… 😉
Sugestão: Uma das minhas resoluções de ano Novo foi praticar meditação e Yoga. Deixo-vos aqui 2 sugestões. A aplicação Head Space, 10 minutos por dia de meditação e o Yoga camp do Blog Yoga with Adrienne. Experimentem, não custa nada.
Feliz Ano Novo!
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