Uma rota das ponchas na Madeira
“Vou à venda e já volto” – disse eu, sábado passado. Esta expressão resiste estoicamente, na Madeira. Aceitei o desafio proposto por um grupo de amigos, para escrever este artigo no blog – Uma rota das ponchas na Madeira. (Por motivos de discernimento e prudência…a Rota foi dividida em 2 partes, digamos que esta é a rota 1, logo virá a rota 2.) As vendas da Madeira são o símbolo de outros tempos, o tempo dos nossos avós em que a vida tinha outra calma; outros tempos. Nessa altura, os produtos vendiam-se avulso, sem pré-embalagens, nem paletes. As vendas vendiam de tudo. Desde cremes, semilhas, vassouras e pás, passando pelos “gamses” (pastilhas elásticas) e até barbantes. Ao lado da venda havia sempre o indispensável bar, que vendia o vinho com laranjada e a poncha de aguardente. Foi com alegria e prazer que revivi esse antigamente, onde as contas ficavam registadas no “rol” e eram pagas no fim do mês. Vimos mesmo um desses livros, que felizmente sobrevive desde 1915 para contar história. Espero que as …